Aviões sírios bombardearam regiões de Damasco controladas por rebeldes neste sábado (1º), disseram moradores, e um apagão nacional na internet entrou em seu terceiro dia.
Rebeldes sírios que estão lutando para derrubar o presidente Bashar al-Assad entraram em confronto com tropas do governo nas regiões mais povoadas do país, segundo ativistas da oposição. Pelo menos 40 mil pessoas já morreram durante a revolta, que já dura 20 meses, dizem eles.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um instituto ligado à oposição, disse que aviões de guerra estavam bombardeando os subúrbios de Damasco, Kafar Souseh e Darraya.
"As forças sírias estão tentando controlar as regiões ao redor da capital e entraram em confronto com os rebeldes", disse o observatório.
Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas que estão combatendo Assad, que faz parte da minoria síria alauíta, ligada ao islamismo xiita, têm feito conquistas em toda a Síria, invadindo bases militares e aumentando os ataques a Damasco, sua sede de poder.
Desde quinta-feira houve relatos de confrontos perto de Aqraba e Babila, distritos no sudeste de Damasco que levam ao aeroporto internacional, efetivamente fechando a estrada e fazendo com que a EgyptAir e a Emirates suspendessem seus voos.
A TV estatal síria citou uma declaração do Ministério da Informação dizendo que o aeroporto internacional de Damasco estava aberto neste sábado e que a estrada que leva a ele estava segura. Ativistas da oposição disseram que os confrontos continuavam.
Especialistas em redes de tecnologia acusam o governo de cortar a internet, mas Damasco culpa os "terroristas", um termo que ele usa para se referir à oposição.
Grupos de direitos humanos alertaram que a queda nas comunicações antecede uma maior ofensiva de forças do governo na capital. Forças de segurança da Síria e diplomatas dizem que o governo pretende bloquear o centro de Damasco dos subúrbios agitados.
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