A cidade de Jerusalém, situada em área de colinas, está paralisada nesta sexta-feira (13) por uma tempestade de neve, que levou o presidente da Câmara a pedir ajuda ao Exército para socorrer motoristas.
"Lutamos contra uma tempestade de rara violência", declarou, em comunicado, o presidente da Câmara, Nir Barkat. A altura da neve acumulada na cidade chega a 37 centímetros. Em algumas áreas periféricas, a camada de neve é ainda mais elevada. "É histórico", disse o meteorologista Sharon Wexler à rádio pública.
Essas condições meteorológicas pouco habituais forçaram o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em missão de paz à região pela nona vez desde março, a alterar o programa da visita várias vezes.
Assim, Kerry deverá partir esta tarde diretamente para a Ásia, sem fazer escala na Jordânia,depois de um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém.
As temperaturas devem atingir os dois graus centígrados hoje e descer durante a noite. A queda de neve, que começou nessa quinta-feira, deverá manter-se até sábado.
As escolas continuaram fechadas, pelo segundo dia consecutivo, e a maioria dos moradores parecia respeitar os conselhos das autoridades de ficar em casa.
O município de Jerusalém informou que 540 motoristas, bloqueados pela neve, ficaram alojados no centro de conferências da cidade.
A maioria das estradas da cidade santa, situada a 795 metros de altitude, estava cortada e a polícia pediu aos proprietários de veículos que evitem circular, já que as ruas estão impraticáveis.
"Estamos prontos para começar a limpar as ruas, assim que a tempestade se acalmar", disse Barkat. "Estamos recorrerendo a todos os meios para socorrer aqueles que foram atingidos pela tempestade", acrescentou.
O diário Jerusalem Post noticiou que, até hoje, a polícia foi chamada para ajudar a 1.400 pessoas na cidade e nas estradas de acesso.
As cidades palestinas de Ramallah e Belém, próximas de Jerusalém, estão também cobertas de neve e as zonas mais baixas registraram chuvas torrenciais.
Em Gaza, território densamente povoado que regista cortes de eletricidade diários de 18 horas, dezenas de famílias foram retiradas nesta manhã de casas inundadas.
Em comunicado publicado nessa quinta-feira, o movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, anunciou a "anulação de todas as marchas e celebrações populares previstas para hoje, por ocasião do aniversário da fundação, devido às difíceis condições meteorológicas que afetam Gaza", e pediu aos membros do movimento e a todos os habitantes para ajudar as pessoas afetadas pela tempestade.
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