Jerusalém (Reuters) – Israel disse ontem que vai proibir os árabes de Jerusalém Oriental de votar nas eleições palestinas do mês que vem se o grupo militante Hamas participar do pleito. Os palestinos afirmaram que a proibição pode atrasar a realização da votação. Em 1996 e no início do ano, quando Mahmoud Abbas foi eleito presidente, Israel permitiu que os palestinos que moravam em Jerusalém Oriental votassem nas eleições da Autoridade Palestina.

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Os moradores palestinos de Jerusalém Oriental possuem documentos israelenses, mas consideram-se cidadãos de um futuro Estado palestino, que teria Jerusalém como sua capital.

Um porta-voz do premier Ariel Sharon disse que Israel não vai permitir a participação nas eleições de 25 de janeiro porque o Hamas, grupo que trabalha abertamente pela destruição do Estado judaico, está concorrendo pela primeira vez. "Não há nenhum motivo para ajudarmos uma organização terrorista a vencer na eleição. Seria como deixar um cavalo de Tróia entrar em nossa cidade", disse o porta-voz Raanan Gissin. "Não poderemos realizar eleições em nenhum lugar se os palestinos de Jerusalém não puderem votar", disse a autoridade palestina Nabil Shaath.

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Para Abbas, trata-se de uma "situação muito perigosa". Ele afirmou que "estudaria" a questão. Um representante do Hamas disse que o grupo, que deve obter bons resultados na eleição, exige que o pleito seja realizado na data programada. Ele não esclareceu se a posição será a mesma se os palestinos de Jerusalém Oriental não puderem votar.