O Ministério do Interior de Israel deu a autorização final para a construção de 1.600 apartamentos em Jerusalém Oriental e vai aprovar mais 2.700 nos próximos dias, disseram funcionários neta quinta-feira, detalhando um plano que pode complicar os esforços diplomáticos para dissuadir os palestinos de declarar o reconhecimento do Estado palestino durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.
O anúncio atraiu críticas imediatas dos palestinos e de importantes grupos israelenses contrários aos assentamentos, que acusam o governo de usar os protestos contra os altos custos de moradia para justificar economicamente a questão, sempre explosiva, das construções na cidade sagrada.
O escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sabia que os projetos de construção estavam em andamento, disse o porta-voz do Ministério do Interior Roi Lachmanovich. A aprovação anterior de um projeto de construção de 1.600 apartamentos causou embaraços a Netanyahu e provocou problemas diplomáticos com os Estados Unidos, porque coincidiu com a visita a Israel do vice-presidente Joe Biden.
Os palestinos se opõe a todas as construções em Jerusalém oriental porque isso afasta suas expectativas de estabelecer a capital de seu futuro Estado na cidade sagrada. A aprovação da construção de novos apartamentos também pode criar problemas para Washington, que tentar persuadir os palestinos a abandonar a ideia de reconhecimento na ONU e reiniciar negociações com Israel.
O negociador palestino Saeb Erekat acusou Israel de favorecer os assentamentos em detrimento da paz. "Apelamos ao governo dos Estados Unidos que apoie nosso esforço na ONU porque a única forma de preservar a solução de dois Estados agora é o reconhecimento do Estado da Palestina", disse ele.
Lachmanovich, porta-voz do Ministério, disse que os novos apartamentos são necessários para atender às necessidades de moradia na cidade. Provavelmente, as novas construções só vão começar em alguns anos porque os projetos têm de passar por vários processos de aprovação.
O grupo contrário aos assentamentos The Peace Now acusou o governo de "cinicamente" explorar as manifestações contra o alto custo da moraria para consolidar seus planos de construir novos apartamentos no disputado setor oriental de Jerusalém.
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