O jihadista do Estado Islâmico (EI) conhecido como “John” e identificado como Mohammed Emwazi chegou a considerar o suicídio pelo contínuo assédio dos serviços secretos britânicos MI5, revela neste domingo o jornal “The Mail on Sunday”.
Emwazi, nascido no Kuwait e de nacionalidade britânica, relatou seu estado de ânimo em uma troca de e-mails com o jornalista responsável de segurança do jornal, Robert Verkaik, entre os anos 2010 e 2011.
Segundo contou ao jornalista, em dezembro de 2010 conheceu um membro do MI5 que se fez passar por um comprador interessado em adquirir seu computador pessoal.
O jihadista disse que suspeitou do homem assim que este se despediu dele chamando-o por seu nome – algo que “John” não tinha revelado –, depois que os dois chegaram a um acordo para a compra do computador, acrescenta a publicação.
“Me senti comovido e meditei por alguns segundos enquanto ele ia embora ... Sabia que eram eles”, acrescentou o jihadista “John”, em referência aos serviços secretos.
Apesar de explicar que não temia que o MI5 o pudesse matar, o jovem sentia que os agentes o acossavam todo o tempo e considerou o suicídio para pôr fim a essa vigilância.
“Eu só quero fugir desta gente”, escreveu o jovem nos e-mails intercambiados com o jornalista.
Emwazi, que apareceu como o possível carrasco nos vídeos que divulgou o EI sobre a decapitação de reféns ocidentais, foi aluno do colégio secundário Quintin Kynaston, ao noroeste de Londres.
Em declarações ontem à “BBC”, uma professora, cujo nome não foi facilitado, disse que o menino necessitava de ajuda para controlar suas emoções, pois tinha problemas de agressividade, mas seu temperamento melhorou após umas sessões de tratamento.
Apelidado de “Jihadista John”, este membro do EI foi visto pela primeira vez em imagens divulgadas pelo grupo terrorista através da internet em agosto, quando apareceu no vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley.
O “Jihadista John” também foi visto em vídeos divulgados pelo EI quando decapitou o também jornalista americano Steven Sotloff, o voluntário britânico David Haine, o taxista britânico Alan Henning e o voluntário americano Abdul-Rahman Kassig.
Emwazi chamou a atenção ao falar nos vídeos com forte acento britânico e porque foi visto colocar uma faca no pescoço dos reféns, a ponto de decapitá-lo, antes que do corte das imagens.
No mês passado, Emwazi foi visto no vídeo no qual apareceram os reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto, antes que estes também fossem decapitados pelo EI.
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