Jihadistas sunitas derrubaram templos e mesquitas na região de Mossul, no norte do Iraque, de acordo com relatos de vários moradores e dos próprios combatentes.
Ao menos quatro templos em homenagem a figuras sufis ou árabes sunitas foram demolidos, assim como seis mesquitas xiitas, nas partes controladas pelos jihadistas na província de Nínive, de que Mossul é capital.
As construções são consideradas ofensivas às crenças dos radicais, que seguem o islamismo sunita.
Em imagens postadas na internet pelos militantes do grupo que se denomina Estado Islâmico é possível ver tratores derrubando os templos. Também são mostradas cenas de mesquitas e templos xiitas sendo destruídos com explosivos.
Moradores da zona confirmaram que esses prédios foram destruídos, e que os jihadistas também assumiram o controle de duas catedrais.
"Estamos muito tristes com a demolição destes templos, que herdamos de nossos pais e avós", afirmou um morador de Mossul.
Um empregado da catedral caldeia de Mossul disse que os combatentes do Estado Islâmico ocuparam o templo e a catedral siríaca ortodoxa da cidade.
Os radicais tiraram as cruzes da fachada de ambas as catedrais e colocaram em seu lugar a bandeira negra do Estado Islâmico, segundo o empregado.
O grupo rebelde declarou um califado (Estado Islâmico) no Iraque, depois de dominarem diversas cidades no norte do país desde junho. A organização também controla regiões da Síria.
Como parte dos esforços para combater o Estado Islâmico, o governo do Iraque anunciou mudanças na cúpula militar. O general Ali Ghaidan, do Exército, e Mohsen al-Kaabi, chefe da polícia federal, deixam seus postos. Seus substitutos ainda não foram anunciados.