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O presidente dos EUA, Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden| Foto: EFE/EPA/Samuel Corum

O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria participado de uma reunião com o presidente de uma empresa de energia chinesa que possui laços estreitos com o Partido Comunista da China (PCCh) em 2017, quando já não era mais vice-presidente, segundo o depoimento de um ex-parceiro de negócios de seu filho, Hunter Biden.

Rob Walker, que trabalhou com Hunter em diversos negócios internacionais, testemunhou perante os comitês de Supervisão e Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA no começo deste mês, como parte do inquérito de impeachment que está em curso contra o presidente Biden.

Em seu depoimento, ele revelou aos investigadores da Câmara que Joe Biden compareceu a um almoço em Washington, DC, onde ele, Hunter Biden, e Ye Jianming, presidente da CEFC China Energy, uma gigante do setor energético ligada ao PCCh, estavam presentes.

A reunião aconteceu em uma sala privativa do hotel Four Seasons, e teria durado cerca de uma hora e meia, disse Walker. Ele afirma que Joe Biden esteve lá por cerca de dez minutos, conversou e dirigiu-se a um grupo de cerca de dez pessoas da CEFC que participaram da reunião.

Walker lembra que Joe Biden não discutiu negócios com os representantes da empresa chinesa na reunião, mas disse que os chineses ficaram “impressionados” com a presença do então ex-vice-presidente americano no local.

Segundo informações do National Review, o encontro aconteceu justamente no mesmo ano em que Walker recebeu cerca de US$ 3 milhões de uma subsidiária da CEFC, em março de 2017, parte desse dinheiro teria sido transferido para contas de membros da família Biden. Hunter Biden e seus associados iniciaram seus negócios com a CEFC durante a vice-presidência de Joe Biden, que foi de 2009 a 2007.

O depoimento de Walker contradiz as negativas anteriores do atual presidente dos EUA de que ele ou membros da sua família tivessem recebido dinheiro da China ou se envolvido em negócios com o país asiático. No ano passado, o Comitê de Supervisão da Câmara já havia divulgado um memorando informando que membros da família do presidente americano teriam recebido cerca de US$ 1 milhão indiretamente de uma empresa chinesa.

Hunter Biden, que também está sendo acusado de sonegação fiscal na Califórnia, deve testemunhar perante o Congresso americano no próximo dia 28 de fevereiro. O inquérito de impeachment em curso contra o presidente Joe Biden está centrado neste momento em investigar as negociações comerciais estrangeiras que envolveram a família presidencial.

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