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John Kerry deixa Bagdá para encontrar o presidente afegão | Jason Reed /Reuters
John Kerry deixa Bagdá para encontrar o presidente afegão| Foto: Jason Reed /Reuters

O secretário de Estado americano, John Kerry, fez ontem uma visita-surpresa ao Afeganistão, onde deverá se reunir com o presidente Hamid Karzai. A viagem acontece horas depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) entregar ao governo local o controle de uma das maiores prisões do país.

Dentre os assuntos que deverão ser debatidos, está a estabilização política do país, a realização de novas eleições e a transferência da responsabilidade pela segurança das tropas da coalizão ocidental às forças afegãs, que deverá ser completada até o fim de 2014.

Integrantes da delegação americana dizem que Kerry deixará claro que os Estados Unidos pretendem ter um compromisso duradouro com o Afeganistão além da transição, mesmo com as críticas de Karzai contra a presença militar americana.

Os principais pontos questionados pelo afegão são o grande número de mortes de civis em confrontos, as ações militares noturnas, as transferências de prisioneiros sem aviso e a má conduta dos soldados americanos com os cidadãos e a cultura do país.

Outra questão que será debatida é o início das negociações formais com o Taleban, contra quem as tropas da coalizão combatem desde 2001. Karzai deve viajar nos próximos dias ao Catar a fim de discutir o processo de paz e a abertura de um escritório do grupo armado para conduzir as negociações.

Prisão

Em meio à visita de Kerry, a Otan entregou ontem às autoridades afegãs o controle da prisão de Bagram, que abriga líderes talebans e foi usada como uma das maiores e mais importantes prisões dos EUA no país.

A entrega foi feita em uma cerimônia simbólica na qual o ministro afegão de Defesa, Bismila Mohamadi, e o comandante das operações da Otan, Joseph Dunford, assinaram um memorando de entendimento pelo qual se garante "o tratamento justo e humano dos detidos".

Parte da prisão havia sido repassada aos afegãos em setembro. Agora, as forças locais também passarão a controlar os 600 presos mais perigosos, que continuaram sob tutela dos militares americanos após a primeira cessão.

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