Primeiro-ministro Boris Johnson discusou na abertura da COP26| Foto: Emily Macinnes/EFE
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, abriu nesta segunda-feira (1º) a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), com um apelo para que a cúpula seja o "início do fim" da luta contra a crise climática global.

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"Se fracassarmos, nossos filhos não nos perdoarão. Nos julgarão com amargura e terão razão", disse o premiê britânico, a 120 chefes de governo e Estado que estarão reunidos entre hoje e amanhã na cidade de Glasgow, na Escócia.

No discurso que abriu a COP26, Johnson recorreu à figura do agente secreto James Bond, ao fazer analogia das aventuras para salvar o mundo na ficção, com a ameaça real sofrida pelo planeta.

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"Estamos quase na mesma posição de James Bond, exceto que a tragédia é que isso não é uma película. A contagem para o dia do fim do mundo é real, e o relógio está rodando", afirmou o premiê britânico.

"Com dois graus mais, colocaremos em risco a distribuição de alimentos. Com três graus mais, haverá mais incêndios descontrolados e cinco vezes mais seca. Com quatro graus mais, daremos adeus a cidades como Miami e Alexandria", completou.

O discurso de Johnson foi o primeiro entre os líderes globais, que apresentarão as estratégias para cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento global em 1,5 grau.

Em seguida, os negociadores indicados pelos governos, blocos comunitários, organizações e empresas, buscarão fechar, durante as duas próximas semanas, um acordo final para a COP26.

"Estava em Paris seis anos atrás, quanto concordamos com as emissões zero e em limitar o aquecimento em 1,5 grau. No entanto, essas promessas não terão sido mais do que 'blá blá blá', se não fizermos desta COP o momento de sermos realistas contra a mudança climática", garantiu Johnson.

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"A COP26 não pode e não será o fim da luta contra a mudança climática, no entanto, embora não seja o fim, deve marcar o início do fim", completou, pedindo trabalho com criatividade e imaginação dos líderes globais.

Participações a distância

Além dos chefes de Estado que participam presencialmente do evento, alguns líderes marcam presença à distância. O presidente da Rússia, Vladímir Putin, gravou um vídeo para a conferência a respeito da exploração florestal e uso de terras. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva.

Em seu vídeo, o presidente da Rússia disse que planeja melhorar a gestão florestal, aumentar as áreas de reflorestamento, ampliar as áreas de proteção natural e introduzir novas tecnologias agrícolas no país.

Anteriormente, Putin já havia divulgado que não participaria da COP26 devido à situação da pandemia de Covid-19 na Rússia, que vem registrando recordes diários no número de mortes e casos.

China participa por escrito

Já o presidente da China, Xi Jinping, participará da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) por meio de uma declaração por escrito, conforme informaram nesta segunda-feira os organizadores do evento.

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A expectativa era que o líder do país asiático fizesse um discurso através de vídeo gravado. A participação, no entanto, será realizada por meio dessa mensagem lida aos participantes. A China é o país do mundo que mais emite gás carbônico no planeta desde 2006.

Desistência

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, desistiu de última hora da viagem que faria para a COP26, segundo anunciou o principal partido de independência ao governo do país, o social-democrata CHP. A desistência aconteceu porque o objetivo do presidente era se encontrar com o americano Joe Biden, o que já aconteceu no fim de semana, na capital italiana.