A Jordânia se preparava neste domingo (29) para receber um novo fluxo de refugiados dos confrontos na Síria abrindo um campo com 2.000 barracas para acomodá-los perto da fronteira.
Diplomatas afirmaram que cerca de 115.000 sírios já deixaram seu país, a maioria em direção a Turquia, Líbano e Jordânia, para escapar da revolta contra o presidente Bashar al-Assad que já dura 17 meses.
Autoridades da Jordânia estimam que cerca de 130.000 sírios entraram no país desde o início do levante, mas, segundo diplomatas, nem todos são classificados como refugiados.
"Só podemos esperar que mais pessoas cheguem, mais pessoas que necessitarão de assistência", disse Andrew Harper, representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) na Jordânia, na abertura do campo.
"Estamos vendo mulheres e crianças sem os maridos, sem os pais, vindo pela fronteira", disse Harper no campo ainda vazio, o primeiro a se tornar operacional para os refugiados sírios, perto da cidade de Mafraq, que fica a 10 quilômetros da fronteira síria.
Dezenas de milhares de sírios fugiram para a Jordânia por meio de postos de fronteira oficiais ou clandestinamente, cruzando a fronteira em grande parte deserta.
A maioria encontrou acomodações por conta própria, ou através de entidades beneficentes islâmicas e compatriotas que fugiram de uma onda de repressão anterior, lançada pelo pai de Assad, o ex-presidente Hafez al-Assad, nos anos 1980.