Após medidas diplomáticas tomadas por Bolívia, Chile e Colômbia, nesta quarta-feira (1º) um país vizinho de Israel adotou uma ação nessa esfera em resposta à ofensiva que o Estado judeu realiza contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia anunciou a retirada do seu embaixador em Tel Aviv até que “Israel pare a sua guerra na Faixa de Gaza”, embora o comunicado oficial não mencione a manutenção ou ruptura de relações com o Estado judeu.
De acordo com a nota, reproduzida pela agência de notícias oficial jordaniana Petra, o ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, decidiu “convocar imediatamente para a Jordânia” o embaixador em Israel.
A Jordânia tomou esta decisão como “uma expressão da posição de rejeição e condenação da guerra de ocupação israelense em Gaza, que está matando pessoas inocentes e causando uma catástrofe humanitária sem precedentes” e vai mantê-la até que “Israel pare a sua guerra na Faixa de Gaza”.
“O retorno dos embaixadores estará ligado ao fato de Israel acabar com a guerra em Gaza e a catástrofe humanitária que está provocando, assim como todas as medidas que privam os palestinos do seu direito à alimentação, à água, aos medicamentos e ao direito de viverem em segurança no seu território nacional”, declarou o ministro jordaniano.
Na semana passada, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução apresentada pela Jordânia para pedir uma “trégua humanitária” na guerra, mas a medida tem apenas poder de recomendação e foi repelida por Israel, que disse que nesse momento um cessar-fogo só beneficiaria o Hamas.
Na terça-feira (31), alegando que Israel comete “crimes contra a humanidade” na sua ofensiva em Gaza, a Bolívia cortou relações diplomáticas com o Estado judeu.
Os governos da Colômbia e do Chile convocaram seus embaixadores em Israel, por também discordarem da resposta aos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro.
O Ministério da Saúde de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, informou que cerca de 8,8 mil pessoas morreram na região desde o início da ofensiva israelense.
Entretanto, os governos de Israel e dos Estados Unidos contestam esses números. As autoridades israelenses argumentam que visam apenas integrantes do Hamas e que o grupo terrorista utiliza a população civil de Gaza como escudos humanos.
Na terça-feira, o Hamas disse que dezenas de civis foram mortos num ataque israelense a um campo de refugiados, mas Israel afirmou que o local era um reduto militar do grupo e que apenas terroristas foram vitimados. (Com Agência EFE)