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Jordânia executa extremista que seria trocada por piloto

Parentes do piloto morto pelo EI rezaram ontem em Karak | Muhammad Hamed/Reuters
Parentes do piloto morto pelo EI rezaram ontem em Karak (Foto: Muhammad Hamed/Reuters)

Em resposta à morte do piloto Muath al-Kaseasbeh, 26, queimado vivo pelo Estado Islâmico (EI), a Jordânia executou ontem a extremista iraquiana Sajida al-Rishawi e um homem também ligado à filial iraquiana da rede terrorista Al Qaeda.

A libertação de Rishawi foi uma das exigências impostas pelo EI para soltar o piloto, capturado em 24 de dezembro após seu avião militar cair na província de Raqqa, na Síria, e o jornalista japonês Kenji Goto, 47, decapitado pela milícia radical.

A extremista foi condenada à morte em 2006 por envolvimento no atentado a um hotel de Amã, capital jordaniana, em 2005, que deixou 60 mortos. A ação foi reivindicada pela filial iraquiana da Al Qaeda, de onde surgiu o EI.

Segundo o porta-voz do governo, Mohammed al-Momani, Rishawi foi enforcada no fim da madrugada com Ziad al-Karbouly, mandado para o corredor da morte após ser condenado em 2008 por planejar ataques contra jordanianos no Iraque.

As execuções ocorreram na prisão de Swaqa, a 80 quilômetrosde Amã, onde os dois estavam presos. Os extremistas serão enterrados em local não divulgado pelas autoridades.

A morte dos dois presos foi a primeira retaliação jordaniana pela morte de Muath al-Kaseasbeh. Depois da divulgação da morte do piloto, o rei jordaniano, Abdullah II, prometeu se vingar e aumentar a pressão sobre o EI.

O vídeo do assassinato de Kaseasbeh foi divulgado na mesma hora em que o monarca se encontrava em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para discutir, entre outros assuntos, a participação na coalizão contra a milícia.

A televisão estatal jordaniana informou que o piloto foi morto em 3 de janeiro, em sinal de que o esforço para libertá-lo foi em vão e uma mostra de que o EI esperou a visita de Obama para poder divulgar a morte. Em discurso durante a noite, Abdullah II pediu que todo o país se una contra a facção. "É dever de todos nós que fiquemos unidos e mostremos os valores reais dos jordanianos diante destas dificuldades", disse.

A Jordânia faz fronteira com províncias da Síria que foram dominadas pelo EI. O país também é um dos principais fornecedores de combatentes para a milícia e outros grupos radicais islâmicos que combatem na guerra civil do país vizinho.

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