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Negociações

Jordânia pede ao Estado Islâmico prova de que piloto está vivo

O governo da Jordânia pediu nesta quinta-feira (29) ao grupo radical Estado Islâmico (EI) uma prova de que o piloto jordaniano Muaz Kasasbeh, sequestrado pelos jihadistas na Síria, está vivo, como condição para cumprir a exigência de libertar uma terrorista iraquiana.

"O governo jordaniano está disposto a libertar a prisioneira, porém pedimos uma prova de vida do refém jordaniano e não a recebemos", afirmou em uma entrevista coletiva o porta-voz do Executivo, Mohammed al Momani. O funcionário acrescentou que quando este sinal for recebido o governo poderá "conversar sobre a troca".

O EI deu um novo ultimato para a Jordânia até às 17h locais (13h de Brasília) para a libertação da jihadista Sayida al Rishawi, presa na Jordânia, caso contrário executará Kasasbeh e um jornalista japonês também capturado pelos extremistas.

"Estamos em constante contato e coordenação com nossos amigos japoneses para também proteger o refém japonês", acrescentou o porta-voz do governo jordaniano.

Al Momani expressou a preocupação do governo sobre a segurança do piloto porque Kasasbeh não apareceu nos dois últimos comunicados de áudio e vídeo divulgados pelo EI na internet, nos quais o refém japonês, Kenji Goto, informa sobre o ultimato.

O parlamento jordaniano disse hoje em comunicado que a oferta do EI não tem "seriedade" e boas intenções. "Os obstáculos que enfrenta o negociador jordaniano provam a existência de más intenções por parte do EI", segundo a Assembleia Legislativa, que exigiu também "um acordo sério que inclua a libertação" do piloto.

Kasasbeh é refém do EI desde 24 de dezembro, quando seu avião foi derrubado na província síria de Al Raqqah, reduto dos jihadistas.

A terrorista iraquiana, que segue em prisão segundo confirmou Al Momani, foi condenada à morte por um tribunal jordaniano por sua participação em um atentado contra um hotel de Amã, em 2005. O cinto de explosivos que ela carregava na ação falhou.

Na semana passada, o EI fixou um prazo de 72 horas, que se foi se alargando, para que o Executivo japonês pagasse US$ 200 milhões em troca de Goto e de outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado no sábado.

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