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Milhares de jordanianos protestaram no Centro da capital nesta quinta-feira contra os atentados terroristas a bomba que mataram 59 pessoas e feriram cerca de 100, ocorridos quase simultaneamente em três hotéis de luxo célebres na noite de quarta-feira.

Cidadãos jordanianos em carreatas e a pé marcharam diante de dois dos hotéis, numa rua central de Amã, perto dos ministérios de governo, gritando slogans em apoio á unidade nacional e ao rei Abdullah. Bandeiras negras tremulavam em lojas fechadas. Bandeiras nacionais jordanianas estão a meio-mastro.

- Viemos para apoiar nossa nação e nossa unidade - disse Ibrahim Haniya, de 22 anos, que marchava com um grupo de amigos. - Foi um choque de verdade que pessoas fossem capaz de explodirem-se no meio de inocentes. Isso foi claramente uma tentativa de abalar nossa estabilidade.

Um comunicado emitido pela Al-Qaeda no Iraque assumiu responsabilidade pelos ataques suicidas. A mensagem na internet associou as explosões à guerra no Iraque.

A declaração, que não pode ser atestada de maneira independente, disse que a Jordânia tornou-se alvo porque era "um quintal para os inimigos da religião, os judeus e os cruzados; um lugar imundo para os traidores, um centro de prostituição".

Logo após as explosões, a suspeita recaiu sobre Abu Musab al-Zarqawi, o líder jordaniano da Al-Qaeda no Iraque, que, em 2004, foi condenado à monte "in absentia", por uma corte militar de seus país, pela morte de dois diplomatas americanos dois anos antes.

As bombas explodiram num intervalo de minutos nos hotéis Grand Hyatt e Radisson SAS, que ficam na mesma rua, e no hotel Days Inn.

Os jordanianos expressaram choque e indignação com o ataque ao país, e alguns atribuíram isso aos esforços da Jordânia pela paz regional, como na criação de um novo governo no vizinho Iraque.

- Temos tentado resolver os problemas do Iraque - disse Yazan Faure, que participou da marcha. - Todas as coisas que temos feito pelo Iraque atraíram a atenção dos terroristas, que perceberam que ainda somos estáveis.

A Jordânia é vista com desprezo por extremistas islâmicos, por seu acordo de paz e laços com o vizinho Israel, e seus vínculos estreitos com Washington.

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