A jornada de trabalho na Venezuela será reduzida para seis horas diárias, caso seja aprovada a reforma constitucional promovida pelo presidente Hugo Chávez para aprofundar seu sonho socialista, embora alguns temam que haja obrigatoriedade de realizar tarefas sociais no tempo livre.

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O Congresso, dominado pelo chavismo, aprovou na noite de quarta-feira a redução em duas horas da jornada de trabalho, o que a oposição viu como uma "isca" para a aprovação de outros projetos menos populares da reforma constitucional, que será submetida como pacote a referendo em dezembro.

"A fim de que os trabalhadores e trabalhadoras disponham de tempo suficiente para seu desenvolvimento integral, a jornada de trabalho diurna não excederá seis horas diárias ou 36 horas semanais", diz o artigo 90 do projeto, que será submetido a referendo em dezembro.

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Alguns criticam que o governo se arvore na capacidade de definir como o cidadão deve aproveitar seu ócio, já que o projeto diz que "o Estado promoverá os mecanismos para a melhor utilização do tempo livre em benefício da educação, formação integral e desenvolvimento humano, físico, espiritual, moral, cultural e técnico dos trabalhadores e das trabalhadoras".

A medida criou confusão entre a população. Alguns estão satisfeitos por terem mais tempo livre, mas outros desconfiam das intenções do governo e temem que possa ser criado um serviço social obrigatório.