O jornal americano Capital Gazette, que foi atacado a tiros no final de junho, está procurando voluntários para ajudarem na edição e reportagem do veículo, até setembro. Cinco funcionários do jornal morreram no ataque, sendo quatro jornalistas. Isso corresponde a cerca de 20% da equipe: a redação tinha, ao todo, por volta de 25 pessoas.
Desde então, a publicação, que é diária e traz notícias da cidade de Annapolis (estado de Maryland) desde 1884, não parou de circular. Jornalistas têm atuado em turnos duplos e trabalhado em uma redação improvisada. Os repórteres do The Baltimore Sun, jornal de uma cidade vizinha e que controla a Gazette, também se uniram aos esforços de reportagem e edição, bem como voluntários de outros veículos.
Alguns repórteres que sobreviveram ao ataque começaram a trabalhar há apenas alguns dias. Outros ainda estão de licença.
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Até agora, 360 pessoas já se ofereceram para voluntariar na Capital Gazette, segundo Chris Vachon, diretora de parcerias da IRE (Investigative Reporters and Editors), que coordena as inscrições.
Os voluntários devem se comprometer a ajudar durante dois a cinco dias consecutivos, entre julho e setembro, na sede do The Baltimore Sun, em Baltimore.
Membro do sindicato local, o jornalista Scott Dance elogiou a iniciativa, mas pediu que a direção do The Baltimore Sun invista na contratação definitiva de mais repórteres após a tragédia. "[A chamada de voluntários] é necessária não apenas por causa da tragédia em Annapolis, mas por causa de anos de desgaste e falta de investimento na redação", afirmou. "Por ora, nós agradecemos o apoio, enquanto a Gazette se recupera. Mas, eventualmente, esperamos ver novas contratações."