Varsóvia O jornal polonês Dziennik publicou ontem o pseudônimo de 12 bispos que foram informantes da polícia comunista, dois dias depois da renúncia de Stanislaw Wielgus, recentemente nomeado arcebispo de Varsóvia, devido a seu passado como colaborador do regime comunista.
Ramsés, Professor, Apolo, Waclaw, Escritor, Franciszek, Stolnik, Boleslaw, Bernat, Pastor, Wladyslaw e Tadeusz eram os pseudônimos dados pela polícia comunista aos 12 bispos que aproveitava para influir na cúpula da hierarquia eclesiástica polonesa.
"Esses 12 pseudônimos foram citados em um documento secreto com a cláusula de importância especial do Ministério do Interior de 30 de janeiro de 1978", afirma o Dziennik.
O documento compreendia também o plano anual de trabalho do Departamento IV do Ministério do Interior, que tratava da vigilância dos órgãos de direção da Igreja.
O premier polonês, Jaroslaw Kaczynski, afirmou ontem que o caso do arcebispo Stanislaw Wielgus demonstra que a Polônia tem que ser "limpada" dos agentes do anterior regime. "Se o arcebispo Wielgus tivesse sido consagrado Metropolitano de Varsóvia, o drama da Igreja polonesa teria sido muito maior", afirmou Kaczynski à imprensa ao analisar a renúncia do arcebispo.
"Por isso é preciso assumir que a decisão do Papa Bento XVI de aceitar a renúncia do arcebispo foi uma decisão justa", ressaltou.
Kaczynski acrescentou que, "ao mesmo tempo, somos testemunhas atualmente de uma situação na qual muitas pessoas consideram que a Igreja, que desempenhou um papel tão importante e heróico na defesa dos interesses da Polônia e seu povo de 1939 a 1989, pode ser acusada de ter colaborado com o regime comunista".
O arcebispo Stanislaw Wielgus renunciou ao cargo de Metropolitano da arquidiocese de Varsóvia depois que um jornal publicou trechos de documentos tirados dos arquivos secretos da antiga Polícia secreta comunista que o acusavam de ter sido confidente da mesma e agente da espionagem polonês.
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