O repórter de guerra e vice-editor-chefe do jornal alemão Bild, Paul Ronzheimer, foi interrogado e preso por homens desconhecidos no Líbano, um dia após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em 28 de setembro.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9), após o jornalista retornar ao país de origem em segurança.
Segundo relatado por Ronzheimer, homens desconhecidos levaram ele e sua equipe de um hotel para um local desconhecido, onde fizeram um interrogatório. Os detidos foram vendados e algemados.
O jornal Bild sugere em uma reportagem sobre o assunto que os homens envolvidos no sequestro eram funcionários do serviço de inteligência militar libanês.
Na véspera da prisão, logo após o ataque aéreo contra Nasrallah, o jornalista contou que atuou como correspondente em vários países, incluindo Israel, concedendo uma entrevista ao vivo para o canal Kan News enquanto estava em Beirute, o que pode ter motivado a detenção.
Ronzheimer conta que a cobertura jornalística no Líbano é limitada por conta do Hezbollah. “Independentemente do fato de termos sido presos e interrogados lá e também de termos estado numa prisão, atualmente é incrivelmente difícil para muitos repórteres sair dos locais para relatar o que realmente está acontecendo”, disse.
Segundo o repórter do Bild, o Hezbollah dificulta a abertura de mais licenças para jornalistas no país. "Recentemente, repórteres belgas foram até atacados e espancados por apoiantes do Hezbollah em Beirute", disse.
Ronzheimer só foi libertado após a mediação da embaixada da Alemanha no Líbano.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia