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EUA

Jornalista americana se desculpa por ajudar assessora de Assad

Barbara Walters, uma das jornalistas mais conhecidas da TV americana, pediu desculpas por tentar ajudar uma antiga assessora do presidente sírio Bashar al-Assad a conseguir vaga em uma das melhores universidades dos EUA e por usar sua influência para arranjá-la um estágio na rede CNN. E-mails, divulgados pelo jornal britânico "Daily Telegraph", expuseram a relação entre a filha do embaixador sírio na ONU e Barbara.

Sheherazad Jaafari e Barbara se conheceram depois que a jornalista entrevistou Assad, em dezembro do ano passado. Desde então, as duas passaram a trocar e-mails. Nos documentos, Barbara tenta, com sua influência, ajudar a assessora do ditador sírio a entrar na Universidade de Columbia, em Nova York, e a conseguir um estágio no programa do britânico Piers Morgan, na CNN. Em comunicado, a jornalista admitiu o conflito de interesse e se disse "arrependida".

Em algumas das correspondências, as duas mostram sinais de intimidade. Sheherazad chama Barbara de "mãe de adoção", enquanto a jornalista se refere a assessora síria como "querida menina", contou o "Daily Telegraph". Em Nova York, elas ainda teriam se encontrado para almoçar. Na ocasião, Sheherazad teria pedido um emprego na ABC - emissora para a qual Barbara trabalha, mas a jornalista teria recusado, oferecendo, porém, usar sua influência para conseguir um estágio em outro canal de TV.

"Escrevi para Piers Morgan (jornalista da CNN) e seu produtor para dizer o quão magnífica você é e anexei seu currículo", escreveu Barbara poucos dias depois do almoço com Sheherazad.

Em comunicado, Barbara disse que após a entrevista com Assad (na qual Sheherazad estava presente) a assessora síria voltou para os EUA e lhe pediu um emprego.

"Eu disse para ela que seria um sério conflito de interesse e que eu não a contrataria. Mas eu me ofereci a falar com os meus contatos em outra organização e na universidade, mas ela nunca conseguiu um emprego, nem entrou para a faculdade. Agora, vejo que isto também criou um conflito e me arrependo", disse a veterana jornalista, de 82 anos.

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