O repórter Andrei Netto, correspondente do jornal "O Estado de São Paulo", chegou a Paris neste sábado (12). O jornalista deixou Trípoli, na Líbia, na manhã desta sexta-feira (11), segundo o jornal. Netto ficou preso durante oito dias, após ter sido capturado por tropas leais ao ditador Kadafi.
No desembarque, disse que foi bem tratado e alimentado, mas houve violência. "Eles foram violentos não no sentido de nos agredir intensamente. Só tomei uma coronhada na cabeça. Mas a agressão estava na linguagem, nos gritos, nas mensagens pró-Kadafi, na forma como nos empurravam e ostentavam armas", relatou.
O repórter também comentou sobre o medo que teve no momento em que foi capturado. "Algemado, vendado, no deserto provavelmente, no frio... O que passa pela cabeça? Passa pela cabeça a execução", disse.
Segundo as informações passadas pelo Estadão em uma coletiva em São Paulo nesta quinta-feira (10), o jornalista "foi preso quando tentava legalizar sua situação de entrada no país".
"A condição para a minha libertação era que eu fosse expulso do país. O que me deixaram muito claro é que eu estava saindo graças à ação da embaixada brasileira em Trípoli. Ou seja, do embaixador George Ney Fernandes e do Itamaraty. E graças, em especial, à relação entre os dois países, Líbia e Brasil", disse Netto à Rádio Eldorado.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião