Carl Bernstein, ex-repórter do Washington Post que atuou no caso Watergate| Foto: Wikimedia Commons/LBJLibraryNow
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O célebre jornalista Carl Bernstein, que atuou na grande investigação do caso Watergate como repórter do Washington Post, revelou em uma entrevista à emissora CNN nesta segunda-feira (1º) que fontes próximas a Joe Biden contaram que ele está em "declínio cognitivo" nos últimos anos.

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"Essas pessoas, várias delas muito próximas do presidente Biden, que o amam e o apoiam, entre elas estão algumas pessoas que arrecadaram muito dinheiro para ele, estão convencidas de que o que vimos na noite do debate [27/06], o Joe Biden que vimos, não é um caso isolado, houve 15, 20 ocasiões no último ano e meio em que o presidente agiu daquela maneira, como o horror que testemunhamos", afirmou Bernstein.

"Pessoas ao redor do presidente estão cientes de tais comportamentos, incluindo alguns repórteres que testemunharam alguns deles", disse o famoso repórter.

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O jornalista, de 80 anos, comentou na entrevista à CNN que as fontes com quem conversou disseram que, no ano passado, alertaram o principal aliado de Biden, Ron Klain, que supervisionou a preparação do debate em Camp David, que eles tinham um "problema" com alguns casos em que o atual presidente americano "perdeu a linha de raciocínio" e "não conseguiu retomá-la".

O desempenho de Biden no debate do dia 27 foi bastante comentado, gerando inclusive pressão de grandes jornais para sua desistência da corrida presidencial.

Isso porque sua performance foi marcada por episódios de confusão. Em vários momentos durante os 90 minutos de debate na CNN contra Trump, o democrata tossia, parecia perdido, não conseguia terminar frases, murmurava incoerentemente e perdia a linha de raciocínio.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]