Uma jornalista holandesa de origem turca passou várias horas detida, depois de ser levada pela polícia de sua casa em Kusadasi, oeste da Turquia, por ter criticado o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
“Coisas a esclarecer: livre, mas com a proibição de sair do território turco”, escreveu a jornalista Ebru Umar no Twitter.
Durante a noite, ela havia tuitado: “Não estou livre, estamos seguindo para o hospital para um exame médico antes que me levem para a promotoria”.
Ebru Umar escreveu recentemente um artigo muito crítico a Erdogan, no jornal Metro, sobre um e-mail enviado pelo consulado geral turco de Roterdã (oeste da Holanda).
No texto, que provocou polêmica, os turcos eram aconselhados a apontar os insultos nas redes sociais contra o presidente turco. O consulado citou um “mal-entendido”.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, informou por sua conta no Twitter que “entrou em contato com @umarebru durante a noite. Nossa embaixada está em contato com ela”.
Os julgamentos por ofensas a Erdogan aumentaram na Turquia desde sua eleição à presidência em agosto de 2014.
Quase 2.000 processos judiciais foram abertos na Turquia contra artistas, jornalistas ou civis.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião