O ditador da Rússia, Vladimir Putin: foi a segunda condenação de um jornalista americano no país em menos de uma semana| Foto: EFE/EPA/VYACHESLAV PROKOFIEV/SPUTNIK/KREMLIN POOL
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A Justiça da Rússia condenou a jornalista Alsu Kurmasheva a seis anos e meio de prisão por acusações de divulgar “informações falsas” sobre as Forças Armadas russas, informaram nesta segunda-feira (22) fontes judiciais a agências de notícias do país.

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A jornalista, que possui dupla cidadania, americana e russa, havia sido presa em outubro. Segundo a agência Radio Free Europe, para a qual Alsu Kurmasheva trabalha, a jornalista foi detida em Kazan pela acusação de não se registrar como “agente estrangeira”.

A Radio Free Europe, agência financiada pelo governo dos Estados Unidos, informou que Kurmasheva está radicada em Praga, na República Tcheca, e havia viajado para a Rússia devido a uma emergência familiar em maio do ano passado.

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A jornalista já havia sido detida temporariamente enquanto esperava o voo de retorno em 2 de junho de 2023 no aeroporto de Kazan. No terminal, teve seus passaportes americano e russo confiscados e não pôde deixar o país.

Kurmasheva foi inicialmente multada por não registrar seu passaporte dos Estados Unidos junto às autoridades russas e estava aguardando a devolução dos documentos quando foi presa novamente.

Ela foi então submetida a um processo criminal, acusada de não ter se registrado como “agente estrangeira” no Ministério da Justiça e por “divulgar conscientemente informações falsas” sobre o Exército russo.

Quando Kurmasheva foi presa no ano passado, a Anistia Internacional afirmou que a detenção da jornalista era “um exemplo da repressão implacável ao jornalismo e ao direito à liberdade de expressão na Rússia”.

Foi a segunda condenação de um jornalista americano no país em menos de uma semana. Na sexta-feira (19), a Justiça russa condenou Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, que está detido na Rússia desde março de 2023, a 16 anos de prisão por acusações de espionagem. (Com Agência EFE)

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