Um jornalista norte-americano está desaparecido após ser sequestrado por homens armados não identificados no noroeste da Síria há seis semanas, afirmou sua família nesta quarta-feira (2).
A família do jornalista freelancer James Foley, de 39 anos, lançou uma campanha pública para trazê-lo de volta para casa depois de não receber notícias desde o seu sequestro, em 22 de novembro, na província de Idlib.
De acordo com o GlobalPost, um site de notícias para o qual Foley trabalhou, o jornalista estava dirigindo na direção da fronteira síria com a Turquia quando foi interceptado por um carro.
Ele foi forçado a sair do veículo por dois homens armados e não foi visto ou ouvido desde então, informou o site. Nenhum grupo reivindicou publicamente a responsabilidade pelo sequestro.
Muitos jornalistas têm sido sequestrados na Síria durante o levante que já dura 21 meses. No ano passado, o país foi de longe o mais perigoso para jornalistas com 28 deles mortos, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
Grupos rebeldes que lutam para depor o presidente Bashar al-Assad detiveram jornalistas suspeitos de apoiar o governo. A milícia pró-Assad também capturou jornalistas, incluindo uma equipe da NBC News, mantida presa por cinco dias em dezembro.
Foley é um experiente correspondente internacional que trabalhou na Síria, Afeganistão e Líbia. Em abril de 2011, ele foi capturado no leste da Líbia por forças do governo e mantido por 44 dias até ser liberado. O jornalista retornou ao país, mais tarde, para a cobertura da queda de Muammar Gaddafi.
O governo da Síria restringe o acesso da imprensa. Foley entrou no país por meio de áreas controladas pelos rebeldes.
A agência de notícias francesa AFP, que também utilizou o trabalho de Foley, citou o seu presidente Emmanuel Hoog dizendo que tem se esforçado para assegurar a liberdade do jornalista.
"Ele é um jornalista profissional que é absolutamente neutro neste conflito", disse Hoog. "Seus sequestradores, quem quer que sejam, devem liberá-lo imediatamente."