A perseguição e a censura à imprensa na Turquia, intensas desde que Recep Tayyip Erdogan chegou ao poder há 21 anos (a princípio como premiê, depois se tornando presidente), ganharam um novo capítulo na semana passada, com a condenação de oito jornalistas a seis anos e três meses de prisão por “terrorismo”.
Segundo informações do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), o 4º Tribunal de Crimes Graves de Ancara condenou na última quarta-feira (3) vários jornalistas de dois meios de comunicação que fazem cobertura favorável à minoria curda no país, o Mezopotamya News Agency e o Jinnews: Diren Yurtsever, Berivan Altan, Deniz Nazlim, Emrullah Acar, Hakan Yalçin, Salman Güzelyüz, Zemo Aggöz Yigitsoy e Öznur Deger.
Eles haviam sido acusados de serem membros do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, na sigla em turco), organização que a Turquia designou como terrorista. Segundo o CPJ, nenhum dos jornalistas compareceu à audiência: eles foram representados pelos seus advogados.
Outros três jornalistas foram absolvidos. Os 11 profissionais haviam sido presos em outubro de 2022 e indiciados em fevereiro de 2023.
Özgür Ögret, representante do CPJ na Turquia, afirmou em comunicado que não foram apresentadas “provas sólidas” contra os jornalistas e que as autoridades da Turquia “devem parar de apresentar acusações infundadas de terrorismo contra membros da imprensa”. Os jornalistas condenados recorreram da sentença.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode