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A chanceler alemã, Angela Merkel, está em campanha no país | ANDREAS ARNOLD/AFP
A chanceler alemã, Angela Merkel, está em campanha no país| Foto: ANDREAS ARNOLD/AFP

Em campanha eleitoral na Alemanha, a chanceler Angela Merkel ficou comovida durante uma entrevista ao vivo transmitida nesta segunda-feira (11) pela emissora de TV ARD. Foram 75 minutos de participação. Enquanto ela respondia perguntas da plateia, um caso em específico a surpreendeu. Merkel foi questionada por uma jovem de 18 anos sobre aborto tardio de fetos com síndrome de Down. 

A jovem chamada Natalie, que também tem a síndrome, disse que Merkel é uma política, portanto, faz as leis. Em seguida, a moça relatou um índice alarmante sobre a natalidade de bebês com síndrome de Down na Alemanha: nove em cada dez são abortados. “Por quê?”, ela questionou. “Eu não quero ser abortada, eu quero ficar no mundo”, Natalie completou. 

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Merkel prontamente respondeu que a pergunta da menina foi um ótimo ponto a ser levantado, e que os conservadores lutaram para que as mães fossem orientadas antes de realizar um aborto. A chanceler pontuou, no entanto, que foi extremamente complicado conseguir apoio de grande parte do parlamento em relação a isso. 

A chanceler também afirmou que muitas famílias não conhecem o apoio disponibilizado para pessoas com necessidades especiais na Alemanha, e, por isso, muitas vezes, decidem abortar.  

Outros casos

Além da Alemanha, outros países adotam a prática de abortar bebês com síndrome de Down. Na Islândia por exemplo, 100% dos bebês diagnosticados com a condição ainda no útero são abortados no país. A lei local permite que o bebê seja abortado mesmo depois de 16 semanas de gestação. Apenas um por ano, talvez dois continuam a nascer. Essas exceções acontecem porque a síndrome não foi detectada no pré-natal. 

Mas a prática não se limita a esses países. Na Dinamarca onde a maioria da população não vê o aborto como assassinato, apenas 2% de bebês com síndrome de Down chegam a nascer. No Reino Unido, 10%, e nos EUA, 33%. 

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Muitos países aprovam a ação mesmo sabendo que a condição permite que portadores de síndrome de Down tenham uma expectativa de vida média de 60 anos e possam viver normalmente. 

Colaborou: Isabelle Barone

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