• Carregando...

Uma jovem que ateou fogo ao próprio corpo na semana passada, após ser estuprada em grupo em duas ocasiões, morreu nesta terça-feira devido às graves queimaduras em um hospital de Calcutá, no leste da Índia, informaram fontes policiais.

A jovem, de 16 anos, que teve mais de 60% do corpo queimado, morreu no hospital R. G. Kar, onde tinha sido internada no último dia 23 após atear fogo a si mesma dentro de sua casa, disse à Agência Efe uma fonte da polícia local.

De acordo com a versão oficial dos fatos, a adolescente foi estuprada por sete jovens em outubro, que a enganaram através de um conhecido para que saísse de casa. Ela foi raptada e, em seguida, abusada sexualmente por várias vezes dentro de um imóvel.

No dia seguinte, segundo o jornal local "The Telegraph", a jovem foi a uma delegacia com o pai, onde fez a denúncia contra os agressores. Como vingança, o grupo voltou a sequestrá-la e a abusar dela em um táxi.

Os sete estupradores foram detidos. Contudo, amigos dos agressores começaram a pressionar a jovem para que ela retirasse a queixa.

"Minha filha era pressionada constantemente para que retirasse a denúncia. Ameaçavam-na quase todos os dias. Nos mudamos de casa, mas o assédio continuou. Ela entrou em depressão, e tinha medo de sair", relatou o pai da jovem.

"Não fomos à polícia porque pensava que isso nos causaria mais problemas", acrescentou ele, que é motorista de táxi.

A polícia informou que não encontrou qualquer tipo de carta de suicídio na casa da jovem, que estava sozinha quando ateou fogo ao corpo. Ela foi socorrida por vizinhos, que entraram na residência depois de escutaram os gritos.

Na semana passada, em um caso parecido, uma jovem foi estuprada por um homem e, minutos após ser liberada, um grupo de agressores a capturou e seis deles abusaram diversas vezes dela.

O fato foi revelado no mesmo dia em que foi dada a sentença de prisão perpétua contra o homem que abusou sexualmente de uma jovem espanhola em Mumbai em novembro de 2012, após entrar em seu apartamento para roubar.

Notícias desses casos na Índia surgem diariamente nas páginas dos jornais, fruto da conscientização criada após o estupro em grupo e morte de uma estudante universitária em Nova Délhi em 16 de dezembro de 2012.

O caso gerou protestos e um debate sobre a situação da mulher no país, o que levou o governo a endurecer as leis contra agressões sexuais.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]