Tahera Ahmad usou as redes sociais para fazer a denúncia e ganhou apoio de muitos ativistas| Foto: /Reprodução

Uma jovem muçulmana acusa uma companhia aérea de discriminação religiosa durante voo nos Estados Unidos. Segundo ela, um comissário se negou a lhe dar uma lata de refrigerante fechada alegando “risco à segurança”, mas concedeu recipiente semelhante a outro passageiro.

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De acordo com postagem de Tahera Ahmad nas redes sociais, o ato ocorreu em um voo da United Airlines. Na hora do serviço de bordo, ela pediu uma lata fechada de refrigerante por questões de higiene -- normalmente a bebida é servida em copo plástico. “Desculpe-me, mas não posso dar uma lata fechada. Então, sem Coca-Cola para você”, teria dito o funcionário.

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Um passageiro que viajava a seu lado, no entanto, teve o pedido atendido quando requisitou uma lata de cerveja fechada. Ao protestar, Tahera teria ouvido que a tripulação “não estava autorizada a lhe dar o objeto porque ela poderia usar como uma arma no voo”.

A jovem foi discriminada ainda por alguns dos passageiros, que se manifestaram pedindo para que ela “se calasse”. “Você sabe que pode usar [o recipiente] como arma”, disse um deles.

Logo após a publicação do relato, muitos ativistas muçulmanos se manifestaram em apoio à estudante. Alguns classificaram o episódio como “indesculpável” e outros sugeriram um boicote à United Airlines.

Nesta segunda-feira (1º), um porta-voz da companhia aérea disse ao jornal “The Guardian” que estava tentando contato com Tahera para “entender melhor a situação”. Ele apontou ainda que a empresa estava em contato com a Shuttle America, parceira da United Airlines que operava o voo em que ocorreu o incidente.

Ao jornal norte-americano Chicago Sun-Times, Tahera afirmou ter recebido um pedido de desculpas do funcionário, que disse que “sabia que aquilo era antiético e que nunca deveria ter dito tal coisa”.

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