Viena A jovem austríaca Natascha Kampusch, 18 anos, seqüestrada durante oito anos, pediu aos meios de comunicação um tempo antes de falar sobre o prolongado cativeiro e que a deixem tranqüila neste momento, em comunicado divulgado ontem em Viena.
"Dêem-me tempo para que eu mesma possa contar o que aconteceu, afirma a jovem em um texto lido por um dos psiquiatras que a atendem, Max Friedrich.
A jovem, que foi seqüestrada quando tinha 10 anos, está em local secreto, sem manter contato com a família nem com os meios de comunicação.
Ela reconheceu que a opinião pública mundial estava fascinada com a idéia "indigna e angustiante de seu prolongado rapto.
Natascha Kampusch, que conseguiu escapar do cativeiro na última quarta-feira, não voltará a ser interrogada, pelo menos neste momento, em consideração a seu estado, afirmou o porta-voz da polícia judicial federal Bernhard Lang.
Na tentativa de uma entrevista exclusiva com Kampusch, vários meios de comunicação têm oferecido à família da jovem altas quantias em dinheiro. Um jornal austríaco teria oferecido US$ 255 mil por uma entrevista.
A austríaca contou aos investigadores que teve "contato sexual com seu seqüestrador, segundo a polícia. Ainda não está claro se o contato sexual foi consensual ou forçado. O porta-voz da polícia federal, Erik Zwettler, recusou-se a fazer mais comentários sobre a informação. A jovem se reuniu brevemente com seus pais divorciados na quarta-feira passada, e, até agora, não pediu para vê-los novamente.
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