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Dylann Roof está preso em Charleston e acompanhou a sessão de ontem por circuito fechado de TV. | Reuters
Dylann Roof está preso em Charleston e acompanhou a sessão de ontem por circuito fechado de TV.| Foto: Reuters

Dylann Storm Roof, de 21 anos, que confessou ontem ter sido o autor do ataque que deixou nove mortos uma igreja da comunidade negra dos Estados Unidos, “queria iniciar uma guerra racial” no país, segundo a rede norte-americana CNN. Roof teria feito a revelação a dois policiais, que foram ouvidos pela TV sob condição de anonimato.

A heroína

Uma florista foi fundamental para a prisão de Dylann Roof. Deborah Dills dirigia na manhã de quinta-feira quando viu um veículo que batia com as descrições dadas pela polícia sobre o carro do suspeito. A polícia conseguiu encontrá-lo após receber informações repassadas por Deborah, que seguia para o trabalho.

Em foto postada no Facebook antes do ataque, Roof aparece usando uma jaqueta com as bandeiras da Rodésia (atual Zimbábue), país africano que foi governado por uma minoria branca, e do apartheid sul-africano. Na noite de quarta-feira, o jovem atacou a Igreja Metodista Episcopal Africana em Charleston, no estado da Carolina do Sul. Ele teria dito às vítimas que estava no local “para matar negros”. Roof foi preso na quinta-feira em Shelby, no estado vizinho da Carolina do Norte, a 320 quilômetros do local da chacina.

Emoção

O atirador ouviu ontem as nove acusações por assassinato que pesam contra ele. Roof, que se apresentou ao juiz por meio de videoconferência na cadeia em que está detido, assistiu impassível aos relatos dos familiares das nove vítimas.

“Nós o recebemos de braços abertos na nossa sessão de estudos da Bíblia. Você matou algumas das melhores pessoas que eu conheço. Cada fibra do meu corpo dói e eu nunca serei a mesma”, afirmou Felecia Sanders, que estava na igreja no momento do ataque. O filho dela, Tywanza, de 26 anos, morreu. “Tywanza era meu herói. Que Deus tenha misericórdia de você.”

Emocionados, familiares choraram ao falar para o atirador. “Eu nunca vou poder falar com ela de novo, nunca vou poder abraçá-la de novo. Mas eu o perdoo”, disse a filha de outra vítima, Ethel Lance.

Roof tinha passagens pela polícia por posse de drogas e invasão de propriedade. A polícia acredita que ele ganhou do pai a arma utilizada na chacina.

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