Vídeo divulgado pelos terroristas em outubro mostrou Mia Schem pedindo para ser resgatada| Foto: Reprodução/EFE
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A jovem Mia Schem, de 21 anos, foi sequestrada pelos terroristas do Hamas durante os ataques do dia 7 de outubro ao festival de música que ocorria próximo da fronteira entre o enclave palestino e Israel. Neste festival, mais de 300 jovens foram brutalmente massacrados pelos terroristas palestinos.

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Ao todo, Schem passou cerca de 54 dias em cativeiro na Faixa de Gaza até ser libertada por meio do acordo de trégua assinado em novembro entre Israel e o Hamas, que durou apenas uma semana. Em suas primeiras entrevistas concedidas para emissoras israelenses, Schem revelou detalhes de seu sofrimento e tortura psicológica enquanto estava sob controle dos terroristas palestinos em Gaza.

“Foi um inferno. Todos lá são terroristas”, disse ela à emissora israelense Channel 13, acrescentado que em Gaza “não há civis inocentes, nenhum”.

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Schem afirmou que foi baleada no braço e levada para um hospital em Gaza, onde foi operada sem anestesia por um médico que disse a ela que a mesma não voltaria para casa com vida.

Durante o tempo que passou em cativeiro, a israelense disse que foi mantida em uma casa de uma família vinculada ao Hamas, que a vigiava 24 horas por dia e a privava de comida, remédios e higiene.

A jovem afirmou que seu maior medo era de ser estuprada pelo homem que a vigiava na casa. Ela afirmou que o mesmo a assediava o tempo inteiro e que a esposa dele a maltratava e a torturava psicologicamente, afirmando que ela seria libertada “no dia seguinte ou que ficaria presa por anos”.

Schem, que chegou a aparecer em um vídeo veiculado pelos terroristas do Hamas, disse que era obrigada a gravar tais materiais. A israelense afirmou que os terroristas a forçavam a dizer que estava sendo bem tratada em Gaza e que as pessoas do enclave palestino “eram boas”.

A jovem afirmou que por diversos momentos não acreditou que seria libertada “até entrar no veículo das Forças de Defesa de Israel e cruzar a fronteira para o Estado judeu”. Schem disse que, antes de ser entregue à Cruz Vermelha pelos terroristas, eles colocaram uma câmera em sua face e disseram: “diga que nós a tratamos bem, que as pessoas em Gaza são boas e gentis”. “O que mais eu deveria fazer?”, disse a jovem, observando que seguiu a orientação dos terroristas palestinos.

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Schem é neta de um chileno conhecido como Zeev Scharf, de 83 anos. A jovem havia terminado recentemente o serviço militar obrigatório no Estado judeu e estava estudando para se tornar tatuadora.

O sequestro de Schem se soma aos casos de outras vítimas de origem chilena, fruto dos ataques do Hamas realizados contra Israel no dia 7 de outubro. Em novembro, foi confirmada a morte de Loren Garcovich, chilena de 47 anos, que foi atacada em sua casa em um kibutz próximo à Faixa de Gaza. Além disso, quatro pessoas com raízes chilenas foram assassinadas durante os ataques terroristas dos palestinos.

Cerca de 127 reféns ainda estão sob o controle do Hamas no enclave palestino, dos quais 22 possivelmente já estão mortos, segundo informações de Israel. Após os ataques de outubro, o Estado judeu lançou uma ofensiva em Gaza com o objetivo de eliminar o Hamas e libertar todos os demais reféns.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]