Um tribunal turco condenou nesta segunda-feira um jovem extremista de 21 anos, Ogun Samast, a 22 anos e 10 meses de prisão, por ter assassinado um jornalista de origem armênia, Hrant Dink, em janeiro de 2007. O extremista Samast foi considerado culpado por "assassinato premeditado" do jornalista, morto a tiros na frente da redação do jornal Agos, da minoria turco-armênia, em Istambul.
O tribunal inicialmente condenou Samast à prisão perpétua mas comutou a sentença porque ele tinha 17 anos e era menor de idade na época do crime, informou a agência de notícias estatal Anatólia.
Dink, que era editor-chefe do Agos, escrevia sobre o genocídio dos armênios pelos turcos otomanos, no começo do século passado. A Turquia nega as acusações de genocídio. Dink recebia ameaças de morte. Samast disse nesta segunda-feira que foi incitado ao crime pela imprensa turca porque jornais nacionalistas descreviam Dink como "traidor" nos títulos da matérias. Dink chegou a ser processado pela Justiça turca por ter escrito sobre o genocídio dos armênios.
Samast, que integrava um grupo de extremistas, ainda poderá receber uma pena adicional de 16 anos sob a acusação de terrorismo.
As informações são da Associated Press.
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