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Jovens curdos anunciam campanha de matança de membros do Estado Islâmico

Homem armado escolta os corpos durante funeral de vítimas de ataque do Estado Islâmico em Suruç, na Turquia | MURAD SEZER/REUTERS
Homem armado escolta os corpos durante funeral de vítimas de ataque do Estado Islâmico em Suruç, na Turquia (Foto: MURAD SEZER/REUTERS)

A ala jovem do grupo de combatentes de etnia curda PKK, conhecida pela sigla YDG-H, anunciou que começara uma campanha de matança de membros do Estado Islâmico (EI) na Turquia. A ação seria resposta ao massacre realizado na cidade turca de Suruç, nesta segunda-feira (20), no qual morreram 32 pessoas.

Em comunicado divulgado na noite de quarta-feira pelo Twitter, a YDG-H reivindicou o assassinato em Istambul, maior cidade turca, de um homem que seria importante dentro da hierarquia do EI e prometeu continuar sua campanha de “castigo e execução” contra membros de redes jihadistas.

Segundo o texto as unidades do YDG-H acompanharam o homem identificado como Mürsel Gül durante três meses e chegaram à conclusão de que ele ocupava um alto cargo do Estado Islâmico.

Decidiram então executá-lo para “cobrar contas” pelo massacre de Suruç, cometido por um membro das redes jihadistas turcas ligadas ao EI, no qual morreram diversos curdos.

“Nosso trabalho contra membros do EI continua e identificamos alguns. Serão punidos com a execução”, advertiu o comunicado.

Controvérsia

O jornal turco “Hürriyet Daily News” publicou, usando fontes policiais, que Gül realmente tinha vínculos com o EI e que tinha viajado várias vezes à Síria. Já a agência semipública “Anadolu” disse que não havia tal relação e o jornal pró-governo “Sabah” assinalou que Gül foi assassinado “só por usar barba”.

Gül, um vendedor de produtos de limpeza de 45 anos, comemorou o massacre dos “infiéis” de Suruç em sua conta no Facebook, em que não faltaram mensagens a favor do EI, como pôde comprovar a Agência Efe.

Até agora, a cúpula do PKK (que é um grupo considerado terrorista) não se pronunciou oficialmente sobre a advertência da YDG-H, que ameaça levar o conflito entre curdos e jihadistas para dentro do território turco.

Em discurso gravado ontem e transmitido nesta quinta-feira pela agência curda “Firat”, Muzaffer Ayata, do PKK, acusou o governo de “ter aberto a Turquia ao EI” e fez uma convocação para “resistir com mais força” ao que definiu como aliança do governo turco com jihadistas.

No entanto, não fez referência à campanha anunciada pela YDG-H nem confirmou a reivindicação do PKK, divulgada ontem pela mesma agência, do assassinato de dois policiais na cidade turca de Ceylanpinar, na fronteira com a Síria.

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