As pessoas que estavam no acampamento anual da juventude do Partido Trabalhista da Noruega na ilha de Utoeya cerca de 700 se reuniram para saber informações sobre o bombardeio na capital Oslo. Foi naquele momento que um homem, trajando uniforme de polícia, se aproximou do grupo e abriu fogo indiscriminadamente. Foi o que relatou à BBC Adrian Pracon, que estava trabalhando em uma cabine de informações na ilha. "Vi pessoas caindo mortas bem na minha frente. Então eu corri em direção à area onde estava montado o acampamento e vi o homem armado duas pessoas estavam tentando conversar com ele e, dois segundos depois, já haviam sido ambas baleadas", contou Pracon.
O atirador foi descrito por Pracon como um homem "de atitude confiante, calmo e controlado". Segundo a testemunha, o homem armado gritou para o grupo afirmando que todos eles iam morrer.
Vários jovens aterrorizados pularam na água e "começaram a nadar em pânico mas a ilha de Utoeya fica ligeiramente longe do continente", expligou Bjorn Jarle Roberg-Larsen, um membro do Partido Trabalhista da Noruega que conversou com alguns dos adolescentes na ilha por telefone. Não há nenhuma ponte ou ligação por terra entre Utoeya e o continente. "Alguns outros se esconderam. Aqueles com quem eu conversei não querem mais falar, estão muito apavorados", complementou.
Infelizmente, muitos não conseguiram fugir do atirador a tempo. "Primeiro, ele atirou nas pessoas que estavam em terra firme", contou uma adolescente de 15 anos, identificada como Elise, que estava no acampamento, à agência The Associated Press. "Depois disso, ele tentou atingir também quem estava na água, já tentando fugir da ilha." O jovem Pracon está entre os que tentaram fugir a nado do atirador no meio do caminho, porém, ele achou que não conseguiria percorrer todo o trajeto e retornou para a ilha, onde deu de cara com o suspeito, que incrivelmente o deixou viver. Foi um pouco antes de a polícia entrar na ilha e capturar o suspeito, que seria Anders Breivik.
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