O opositor venezuelano Juan Guaidó durante discurso proferido em 26 de janeiro de 2023, em Caracas (Venezuela)| Foto: Rayner Peña/EFE
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O opositor venezuelano Juan Guaidó denunciou nesta terça-feira (25) ter sido expulso da Colômbia em um voo para os Estados Unidos, depois que a "perseguição" e as "ameaças" da ditadura de Nicolás Maduro "se estenderam" ao país andino, onde havia chegado para reunir-se com as delegações que participarão da conferência sobre o diálogo venezuelano.

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"Depois de 60 horas dirigindo para chegar a Bogotá, fugindo da perseguição da ditadura, desafiando o regime de Maduro, estão me tirando da Colômbia. A perseguição da ditadura se espalhou, infelizmente, hoje, para a Colômbia", disse o ex-deputado, que está proibido de sair da Venezuela por responder a vários processos judiciais.

Em um vídeo postado em sua conta no Twitter, Guaidó indicou que viajou em um voo comercial para os EUA diante de "ameaças" à sua família por parte do "regime de Maduro" e prometeu dar "mais detalhes" nas próximas horas. Além disso, comentou que havia ido à Colômbia para “levar a voz de milhões que querem um país melhor, que querem uma solução”.

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Guaidó acrescentou que espera que os vinte países convidados para a conferência internacional, convocada pelo presidente colombiano Gustavo Petro para desbloquear as negociações entre o governo Maduro e o antichavismo, "possam falar sobre democracia, de respeito aos direitos humanos, da integridade daqueles que estão sendo perseguidos hoje".

A chancelaria colombiana informou em comunicado na segunda-feira (24) que "na parte da tarde, a Migração da Colômbia levou o senhor Juan Guaidó, venezuelano que se encontrava em Bogotá irregularmente, ao aeroporto El Dorado com o objetivo de verificar sua partida em uma companhia aérea comercial para os Estados Unidos, durante a noite”.

O governo colombiano, que quer atuar como mediador entre o chavismo e a oposição, negou que "tenha providenciado um avião" para transferi-lo, e afirmou que Guaidó já teria adquirido a passagem aérea para Miami.

Sua participação na conferência internacional desta terça-feira – da qual nem o chavismo nem a oposição participarão – não era esperada, mas o opositor pretendia realizar encontros com os países convidados e reuniões com a diáspora venezuelana, estimada em quase três milhões de imigrantes residentes na Colômbia, segundo agências das Nações Unidas. A chancelaria colombiana ressaltou que não havia convidado "o senhor Juan Guaidó para este espaço, razão pela qual não se conta com sua presença na conferência".

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