Juan Manuel Santos, candidato governista à presidência da Colômbia, está liderando a apuração das eleições locais realizadas neste domingo (20). Ele tem 68,8% dos votos segundo a agência Reuters, contra 27,5% do principal candidato de oposição, o prefeito de Bogotá Antanas Mockus. Até o momento foram computados em torno de 10% dos votos no país.
A Colômbia começou a votação às 8h locais (10h de Brasília). Ela ocorria com tranquilidade, sem incidentes graves, segundo o ministro do Interior, Fabio Valencia. No mais grave, uma explosão matou sete policiais no departamento de Norte de Santander, próximo à fronteira com a Venezuela. Quatro militares morreram em outros incidentes.
Quase 30 milhões de colombianos escolhem o sucessor de Uribe em uma votação na qual o favorito é seu herdeiro político, o ex-ministro da Defesa Santos.
Aos 58 anos, Santos por pouco não venceu no primeiro turno, em 30 de maio, quando recebeu 46,6% dos votos. Seu concorrente é ex-prefeito de Bogotá (1995-97 e 2001-04). Mockus, também com 58 anos, do Partido Verde, obteve 21,5% dos votos.
Segundo a última pesquisa anterior ao segundo turno, do instituto Invamer Gallup, Santos ganharia com 65,1% dos votos, contra 28% de Mockus.
Santos, que foi três vezes ministro (Comércio, Tesouro e Defesa) e se formou em Harvard, fez uma campanha profissional e organizada. Prometeu proteger a herança do atual presidente, cuja taxa de popularidade segue rondando os 70% graças a sua política de firmeza contra a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Além disso, como ministro da Defesa (2006-2009), ele participou de momentos históricos para os colombianos, como o ataque contra um acampamento das Farc no Equador, em março de 2009, no qual morreu Raúl Reyes, número dois da guerrilha, e o resgate de 15 reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt, durante a "Operação Xeque", no dia 2 de julho de 2008.
Do outro lado, Mockus tem estado na defensiva. Esquecendo-se de seu programa, atacou o adversário e vinculou-se a uma imagem agressiva, apesar de evocar reais perigos da coalizão de direita a que Santos pertence, como a corrupção ou às milhares de execuções extrajudiciais atribuídas ao Exército.
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