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O Departamento de Polícia da Universidade de Cornell, uma das instituições mais renomadas dos Estados Unidos, está em alerta após uma série de ameaças contra judeus que estudam no campus de Nova York.
Estudantes de origem judaica divulgaram um comunicado, em conjunto, expondo mensagens anônimas de um fórum na internet, dirigidas ao Centro Judaico Cornell, que precisou ser protegido por guardas.
De acordo com o portal National Review, algumas postagens no grupo virtual defendiam o assassinato e estupro de judeus no campus, enquanto um outro usuário afirmou que iria “atirar na 104 West”.
Diante das ameaças, a presidente da Universidade de Cornell, Martha Pollack, se manifestou, em nome da instituição, condenando os discursos antissemitas.
“Não toleraremos o antissemitismo em Cornell. Durante meu tempo como presidente, denunciei repetidamente a intolerância e o ódio, tanto dentro como fora do nosso campus. A virulência e a destrutividade do antissemitismo são reais e impactam profundamente nossos estudantes, professores e funcionários judeus", afirmou.
Pollack assegurou que há policiamento especial no campus para evitar o cometimento de crimes de ódio contra os estudantes e funcionários judeus.
Outro episódio aconteceu na semana passada, em Manhattan, onde um grupo de estudantes judeus da Universidade Cooper Union se isolou na biblioteca da instituição durante uma manifestação pró Palestina.
O aumento do antissemitismo no ambiente estudantil nos últimos dias chamou a atenção do governo americano, que se manifestou sobre a questão.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, fez um pronunciamento nesta segunda-feira (30), divulgando um "aumento alarmante dos casos de antissemitismo em escolas e campi universitários" em todo o país.
Segundo ela, as autoridades estão "monitorando de perto" a situação e "medidas estão sendo tomadas" em todo o território.