Um juiz espanhol disse que 29 pessoas deverão ir a julgamento por participação nos ataques a trens de Madri em 2004, indicou seu relatório nesta terça-feira. A decisão abre caminho para um dos maiores julgamentos de terrorismo da Europa.

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Os ataques de 11 de março mataram 191 pessoas, feriram cerca de duas mil e são vistos como um marco que mudou o rumo da política na Espanha.

Após uma investigação de dois anos, o juiz Juan Del Olmo acusou cinco pessoas por 191 assassinatos e 1.755 tentativas de assassinato. Outras 23 pessoas foram acusadas de colaboração.

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Jose Emilio Suárez Trashorras, um ex-minerador que repassou a extremistas islâmicos explosivos plásticos, foi acusado de 192 assassinatos, incluindo o de um policial morto durante uma operação em busca de suspeitos semanas depois dos ataques.

Uma porta-voz do tribunal disse que o relatório de 1.500 páginas concluiu que os atentados foram realizados por uma célula local independente de radicais islâmicos e que eles foram inspirados, mas não dirigidos, pela rede Al-Qaeda.