O juiz encarregado do processo criminal contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a multá-lo nesta segunda-feira (6) em US$ 1 mil (cerca de R$ 5 mil) por desacato a uma ordem de silêncio e afirmou que está considerando a possibilidade de prendê-lo, dado que estas sanções econômicas não parecem estar funcionando.
“A última coisa que quero fazer é colocá-lo na prisão”, disse o juiz Juan M. Merchán ao ex-presidente e atual candidato republicano para as eleições presidenciais de novembro, acrescentando em seguida: “mas no final das contas tenho um trabalho a fazer".
O juiz explicou a Trump que a violação contínua da sua “ordem de silêncio”, que o proíbe de criticar publicamente testemunhas, procuradores e jurados, é um “ataque direto ao Estado de direito” e que não pode permitir que isso continue. Esta é a segunda vez em duas semanas que o juiz considera o ex-presidente culpado de desacato.
Na semana passada, Merchán multou Trump em US$ 9 mil (cerca de R$ 45 mil) depois de determinar que tinha violado a “ordem de silêncio” ao fazer várias declarações públicas na sua rede social, a Truth Social, e no site da sua campanha, nas quais atacou as testemunhas que participaram no julgamento.
Trump enfrenta 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais em primeiro grau para acobertar um relacionamento sexual extraconjugal com a atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha de 2016.
O ex-presidente dos EUA repetiu em diversas ocasiões que é inocente e que este julgamento é uma espécie de caça às bruxas.
Esta é a quarta semana de julgamento e hoje acontece o depoimento Jeffrey McConney, que trabalhou como contador corporativo na Trump Organization e, segundo os promotores, ajudou a organizar o reembolso de um pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 660 mil) a Daniels.
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