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Estados Unidos

Juiz ameaça prender Trump por “violar” ordem de silêncio na internet

O ex-presidente dos EUA Donald Trump (Foto: EFE/EPA/PETER FOLEY)

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) enfrenta uma ameaça de prisão após violar uma ordem de silêncio sobre funcionários de um tribunal emitida pelo juiz Arthur Engoron, que é responsável por julgar o caso sobre a suposta fraude empresarial que envolve o ex-presidente americano em Nova York.

Emitida no último dia 2, a ordem do juiz Engoron proibia Trump de publicar mensagens na internet sobre funcionários do tribunal onde ele está sendo julgado, que fica localizado em Nova York.

No entanto, segundo o juiz, Trump teria “desrespeitado” essa restrição quando publicou uma foto de uma secretária do tribunal onde ela aparecia ao lado de Chuck Schumer, líder da maioria democrata do Senado. Com a foto, Trump escreveu que era “vergonhoso que o juiz Engoron estivesse trabalhando em seu caso”.

O juiz Engoron, que classificou a mensagem de Trump como “falsa e denegridora”, expressou “sua preocupação com as consequências” das "mentiras incendiárias" na internet, destacando que tais “declarações já levaram a sérios danos físicos no passado”. Ele declarou que permitirá que o réu, no caso Trump, explique “o motivo para que isso não deva resultar em sanções graves ou até mesmo em pena de prisão”.

O advogado de Trump, Christopher Kise, admitiu o descuido da equipe do ex-presidente na publicação da foto e da mensagem e pediu desculpas em nome de seu cliente. Kise explicou que a publicação foi retirada da Truth Social, onde originalmente foi publicada, mas, inadvertidamente, permaneceu no site da campanha de Trump. O juiz respondeu que levará esse fato em consideração, mas destacou que Trump é responsável pela "grande máquina sob seu comando".

Além do caso em Nova York, Trump enfrenta uma ordem de silêncio semelhante em um outro processo criminal em Washington DC, relacionado à suposta interferência dele nas últimas eleições. Neste processo, ele está proibido de falar sobre possíveis testemunhas ou "desqualificar os promotores". (Com Agência EFE)

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