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Base naval

Juiz americano ordena libertação de chineses detidos em Guantánamo

Um juiz federal americano ordenou a libertação de uma pequeno grupo de chineses islâmicos detidos na prisão da base naval americana da baía de Guantánamo, em Cuba. Foi a primeira vez que um juiz dos EUA ordenou a libertação de um preso detido em Guantánamo, para onde os militares americanos mandam os detidos acusados de terrorismo. Os 17 chineses foram capturados no Afeganistão e estão em Guantánamo desde 2002.

Em decisão inédita, o juiz distrital Ricardo M. Urbina disse que seria errado a administração Bush continuar a manter os chineses detidos, uma vez que eles não são considerados combatentes inimigos. Os chineses são da etnia turca uigur, um grupo islâmico que vive no oeste da China. Em princípio, os uigures serão enviados aos EUA, embora a Casa Branca tenha afirmado que recorrerá da decisão de Urbina.

O governo chinês tenha pedido que os uigures sejam repatriados à China, mas advogados temem que eles sejam torturados se forem entregues às autoridades chinesas.

Os uigures mantém uma revolta de baixa escala contra o governo chinês na sua província natal, Xinjiang. A província faz fronteira com Mongólia, Casaquistão, Rússia, Índia, Tajiquistão e Afeganistão.

Nesta terça-feira, Urbina disse que a detenção dos chineses é ilegal, ao lembrar que a Constituição dos EUA proíbe a detenção indefinida sem acusações. As informações são da Associated Press.

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