Um juiz federal americano emitiu uma decisão judicial responsabilizando o Irã e o grupo radical islâmico Hezbollah pelos atentados do 11 de setembro, além do grupo terrorista Al Qaeda e do antigo regime talibã no Afeganistão.
O Tribunal Federal do Distrito Sul de Nova York publicou essa decisão nesta sexta-feira (23) após a assinatura do juiz George Daniels. Segundo o tribunal, esta nova decisão envolve uma série de pessoas.
Entre os eles, figuram desde o já falecido Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, até o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei. O ex-presidente iraniano, Ali Akbar Rafsanjani, os ministérios do Petróleo, de Comércio e de Defesa do mesmo país e o dirigente do talibã, Muhammad Omar, também estão envolvidos.
Segundo o texto judicial, o juiz considera que o Irã "deu apoio direto e específico à Al Qaeda" para cometer os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington, os quais resultaram na morte de quase 3 mil pessoas.
O juiz acrescenta que funcionários iranianos também estariam envolvidos no atentado contra uma entidade judia em Buenos Aires em 1994.
Segundo a decisão judicial, depois dos atentados até a atualidade, o Irã seguiu dando "apoio material e recursos à Al Qaeda em forma de refúgio para seus líderes".
Daniels também explica em sua sentença que a colaboração entre Teerã e a organização terrorista que Bin Laden dirigia incluía o ex-presidente Rafsanjani, o Exército iraniano, várias corporações estatais do setor petroleiro, o banco central e, inclusive, à companhia aérea nacional.
"A acusação evidenciou várias conexões razoáveis entre o apoio material dado pelos acusados e os atentados de 11 de setembro. Desta maneira, a acusação estabeleceu que esses ataques foram causados pelo apoio material à Al Qaeda dado pelos acusados", conclui o juíz.
A decisão judicial anunciada nesta sexta-feira foi emitida em resposta a uma reivindicação apresentada há quase uma década pela viúva de um homem que morreu nos atentados de 11 de setembro, a qual reivindica uma indenização de US$ 100 milhões pela morte de seu marido.
A partir de agora, outro juiz será encarregado de tratar os assuntos pendentes deste caso e determinar se a indenização será recebida pela litigante.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA