Carles Puigdemont pode comandar campanha eleitoral na Catalunha a partir de Bruxelas, para onde fugiu.| Foto: Divulgação

A disputa entre a Espanha e os separatistas da Catalunha chegou a um juiz belga neste domingo (5), após o líder deposto da região e quatro ex-ministros se entregarem em Bruxelas para enfrentar a possível extradição para Madri, por suposta conspiração.

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Horas após o ex-presidente regional catalão Carles Puigdemont e os outros se apresentarem às autoridades belgas, o partido de Puigdemont o colocou como líder para uma próxima eleição regional convocada pelo governo espanhol. A escolha significa que ele pode acabar comandando uma campanha de Bruxelas enquanto luta contra um retorno forçado para a Espanha.

As autoridades judiciais belgas terão de tomar uma decisão com implicações diplomáticas para ambos parceiros na União Europeia, Espanha e Bélgica, e com consequências políticas para a Catalunha.

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Os cinco políticos catalães que fugiram para a Bélgica depois das autoridades espanholas os retirarem do cargo, em 28 de outubro, se apresentaram neste domingo, depois que mandados de prisão foram emitidos, após eles não terem comparecido em Madri para depoimento.

Um juiz belga tem 24 horas após a apresentação voluntária - realizada neste domingo às 9h17 (hora local) - para decidir se mantém os político presos ou os deixa livres na Bélgica, enquanto o processo de extradição segue seu curso. O juiz também tem a opção de não detê-los, mas impor condições para sua liberdade, como ordens para permanecer na Bélgica, explicou o procurador-geral adjunto Gilles Dejemeppe.

Dejemeppe disse que o processo de extradição pode levar mais de 60 dias, se arrastando para além da datas de 21 de dezembro estabelecida para as eleições regionais na Catalunha.

O porta-voz do governo espanhol, Inigo Mendez de Vigo, disse que qualquer político
pode concorrer à eleição, a menos que tenha sido condenado por um crime.