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Revés jurídico

Juiz condena Trump a pagar mais de US$ 300 milhões por caso de fraude em Nova York

Donald Trump
O ex-presidente dos EUA Donald Trump (Foto: EFE/EPA/JOHN MABANGLO)

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) foi condenado nesta sexta-feira (16) a pagar mais de US$ 300 milhões em multas.

A decisão partiu do juiz Arthur Engoron, da Suprema Corte de Nova York, que considerou Trump culpado no caso onde ele era acusado de fraudar seu patrimônio líquido para obter vantagens financeiras. Na decisão desta sexta-feira, o juiz também proibiu o ex-presidente de ocupar cargos de direção em qualquer empresa do estado por três anos.

O caso contra Trump foi movido pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, do Partido Democrata, que acusou ele e seus dois filhos, bem como sua empresa e seus principais executivos de inflar seus ativos para aumentar seu valor líquido e conseguir melhores condições de empréstimo.

Trump negou as acusações e chamou o processo de perseguição política. O ex-presidente também afirmou que seus registros financeiros subestimavam seu patrimônio e que os bancos faziam suas “próprias pesquisas e ficavam satisfeitos com seus negócios”.

Trump terá que pagar ao todo uma multa de US$ 354,8 milhões, seus filhos Eric e Donald Trump Jr. foram multados em mais de US$ 4 milhões cada um. Ambos também estão impedidos de exercer cargos de direção em qualquer empresa de Nova York por dois anos.

Os outros réus, Allen Weisselberg e Jeffrey McConney, que eram responsáveis pelas finanças da empresa de Trump, foram banidos permanentemente de controlar as finanças de qualquer empresa do estado.

A decisão é mais um revés para Trump, que é o favorito na corrida pela indicação do Partido Republicano para disputar a presidência neste ano contra o atual presidente dos EUA, Joe Biden. Trump, segundo pesquisas, também é o favorito para ganhar as eleições de novembro e retornar à Casa Branca.

A advogada de Trump, Alina Habba, afirmou que deverá recorrer da decisão, que classificou como uma “injustiça manifesta” e “culminação de uma caça às bruxas politicamente motivada” contra ele.

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