O juiz chileno Sergio Muñoz embargou todos os bens e ativos do ex-ditador Augusto Pinochet, de seus parentes e colaboradores mais achegados na Flórida, nos EUA, e designou interventores para geri-los, informa o diário "La Nación".
A medida afeta especialmente negócios com o banco BankAtlantic CFSB, de Miami.
Segundo jornal "La Nación", em sua resolução, o magistrado diz que a informação examinada pelo tribunal "determinou que há suspeitas fundadas" de que o banco "tenha em seu poder dinheiro ou bens pertencentes a Augusto José Ramón Pinochet Ugarte".
Os bens embargados pertenceriam a Pinochet, sua mulher, Lucía Hiriart, e seu filho, Marco Antonio. Também há bens nos nomes de seu ex-assessor Oscar Aitken, sua secretária particular, Mónica Ananías, dos generais da reserva Jorge Ballerino e Guillermo Garín, do tenente-coronel da reserva Eugenio Castillo e de dois coronéis na ativa, Gabriel Vergara e Juan Ricardo Mac Lean.
Nesta semana, o juiz Muñoz, que investiga a origem da fortuna de Pinochet, interrogou todos esses oficiais, bem como o sucessor de Pinochet no comando do Exército, o general da reserva Oscar Izurieta, ex-adido militar da Embaixada do Chile nos EUA.
Nos 14 meses que investiga o caso, o magistrado reuniu importantes informações nos EUA, que se somaram á investigação do Senado americano sobre o Banco Riggs, onde haviam sido descobertos milhões de dólares em contas secretas no nome do ex-ditador.
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