Um juiz do Estado de Nova York deverá decidir na sexta-feira (27) se arquivará um processo civil contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn, aberto pela camareira de hotel que o acusou de agressão sexual no ano passado.
O juiz Douglas McKeon, do Supremo Tribunal do Bronx, emitirá uma decisão na sexta-feira sobre um pedido dos advogados de Strauss-Kahn de descartar a ação judicial, segundo o gabinete do magistrado. Eles alegaram que Strauss-Khan tinha imunidade diplomática como chefe do FMI no momento da sua detenção por tentativa de estupro e outras acusações em maio de 2011.
A camareira Nafissatou Diallo, do Hotel Sofitel, em Manhattan, disse à polícia que Strauss-Kahn a atacou em sua suíte e a forçou a fazer sexo oral.
Promotores de Nova York arquivaram o processo criminal em agosto, após questionarem a credibilidade de Diallo como testemunha.
Em documentos do tribunal os promotores disseram que ela mentiu sobre seu passado -- incluindo a invenção de uma história sobre um estupro coletivo em sua nativa Guiné -- e ofereceu várias versões diferentes sobre o que fez nos momentos após a suposta agressão.
Strauss-Kahn renunciou ao cargo do FMI quatro dias depois de ser preso no caso, que também acabou com qualquer esperança que ele possa ter tido de lançar uma candidatura à Presidência francesa.
Diallo entrou com a ação em agosto passado, alegando uma agressão brutal. Strauss-Kahn negou as acusações, dizendo que o encontro foi consensual, e seus advogados acusaram Diallo de motivos financeiros.
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