Objetivo de Obama é permitir que 4,7 milhões de imigrantes sem documentação vivam nos EUA sem risco de deportação| Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Repercussão

México lamenta a suspensão do plano de medidas migratórias

O governo mexicano lamentou ontem a decisão do juiz do Texas de bloquear um plano do presidente Barack Obama para proteger da deportação milhões de imigrantes ilegais, iniciativa que havia gerado otimismo entre quem esperava resolver sua situação irregular.

Para o juiz Andrew Hanen, de Brownsville, no Texas, o governo dos Estados Unidos não seguiu os procedimentos adequados ao emitir as ordens executivas.

"A embaixada do México e a rede consular nos EUA se manterão atentas a esse processo e ao desenrolar das etapas judiciais seguintes", disse a chancelaria mexicana em comunicado.

"Reitera-se que esses programas representam um remédio migratório justo para milhões de famílias e poderiam potencializar as significativas contribuições dos imigrantes mexicanos à economia e à sociedade norte-americana", acrescentou a chancelaria.

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Divisa entre EUA e México
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Um juiz do Texas bloqueou temporariamente as ordens do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que protegiam milhões de pessoas que estão ilegalmente nos EUA, apoiando a opinião de 26 estados norte-americanos segundo os quais Obama foi além de suas atribuições.

A Casa Branca disse ontem que o Departamento de Justiça iria recorrer da decisão do juiz Andrew Hanen, de Brownville, uma cidade na fronteira com o México.

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Hanen já havia emitido opiniões críticas às leis de imigração impulsionadas pelo governo Obama.

Não ficou imediatamente claro qual será o impacto da decisão judicial de Hanen sobre a disputa que ocorre no Congresso dos EUA – liderado por republicanos – a respeito de uma legislação aprovada pela Casa de Representantes. Ela libera o financiamento do Departamento de Segurança Interna se as ações de Obama forem consideradas nulas.

Hanen impediu o governo federal de conduzir as ordens executivas anunciadas por Obama em 20 de novembro do ano passado. O judiciário americano disputa poder com o presidente, que decidiu bancar decisões à revelia do Congresso.

Republicanos acham que Obama se excedeu e não tem autoridade para tanto.

As ordens executivas de Obama permitiriam que até 4,7 milhões de imigrantes sem documentação (de um total de mais ou menos 11 milhões) ficassem livres da ameaça de serem deportados para longe dos EUA.

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Dezembro

EUA e Cuba farão uma segunda rodada de negociações no dia 27 de dezembro em Washington com o objetivo de restaurar as relações diplomáticas, disse ontem uma porta-voz do Departamento de Estado.