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Pollo Carvajal

Juiz dos EUA adia audiência de ex-aliado de Chávez para novembro

Promotoria pediu prazo adicional de três meses para apresentar todas as provas, e advogado de Pollo Carvajal, Zachary Margulis-Ohmuna (foto), concordou (Foto: EFE/Ángel Colmenares)

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O julgamento do ex-general venezuelano Hugo “El Pollo” Carvajal foi adiado nesta terça-feira (25) para 1º de novembro, segundo o juiz federal Alvin Hallerstein, do Tribunal do Distrito Sul de Nova York.

Hallerstein concordou com o pedido da promotoria, que havia solicitado três meses de adiamento para apresentar todas as provas em seu poder, e a defesa de Carvajal também aceitou a nova data.

“El Pollo” Carvajal, extraditado na semana passada pela Espanha (onde acusou a esquerda espanhola e latino-americana de receber dinheiro da ditadura chavista) e acusado de contrabandear cocaína para os Estados Unidos, compareceu ao tribunal e ouviu calmamente os procedimentos - que duraram pouco mais de dez minutos - com fones de ouvido que traduziam os discursos de todos os participantes.

No início da audiência de terça-feira, a promotoria indicou que entregaria a maior parte das provas do caso, mas o juiz exigiu que ela entregasse todas.

A promotoria, então propôs um prazo adicional de três meses, com o qual o advogado de defesa do venezuelano, Zachary Margulis-Ohmuna, concordou.

Ao deixar o tribunal, Margulis-Ohmuna afirmou que seu cliente “está bem, dentro das circunstâncias”, referindo-se ao fato de que ele está em isolamento devido a problemas de segurança na prisão federal no condado de Brooklyn, onde houve vários incidentes.

Ele alegou que a penitenciária “é uma instituição que está em crise” e não é segura para Carvajal ou qualquer outro detento. Por causa dessa situação, o ex-general não pode sair de sua cela e não pode falar com seus parentes.

“É uma vergonha como ele está lá, não só para ele, mas para todos os presos”, afirmou o advogado.

Mesmo com todas essas limitações, Margulis-Ohmuna disse que o ex-general “está de bom humor, ele é um soldado, um lutador, um patriota”.

O advogado declarou que a única suposta prova à qual teve acesso é a que acompanhou os documentos de extradição de Carvajal, e reafirmou que “não há nada sólido que indique que há algo mais nesse caso, além das declarações de alguns criminosos venezuelanos e colombianos que vão testemunhar”.

O advogado também antecipou que deve apresentar uma proposta de fiança ao tribunal para libertar provisoriamente seu cliente. “Essas coisas levam tempo e, quando eles [os documentos] estiverem prontos, nós os apresentaremos”, disse.

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