Um dos jornalistas da Al-Jazeera detido no Egito fez um raro apelo neste sábado (3) ao juiz Mohamed Nagi Shehata, que negou a fiança e marcou a audiência para o dia 15 de maio. De origem canadense, o chefe interino do escritório da emissora no Egito, Mohamed Fahmy, ficou diante de Shehata e explicou que jornalistas têm de falar com todas as partes para fazer seu trabalho.
Ele enfrenta, juntamente com o correspondente australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohamed, acusações de fazer parte de um grupo terrorista e veicular imagens falsas para prejudicar a segurança nacional do Egito. A Al-Jazeera, emissora com sede em Doha, e os funcionários rejeitam as acusações.
A prisão dos três faz parte de uma forte repressão contra a imprensa e a Irmandade Muçulmana, da qual o ex-presidente Mohammed Morsi fazia parte. Os três jornalistas estão sendo julgados com outros 17. Um deles é Abdullah Elshamy, que trabalha para o noticiário em árabe da Al-Jazeera, e está sob custódia desde agosto. Fonte: Associated Press.
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