Um juiz federal da Califórnia emitiu uma liminar para impedir que o governo de Donald Trump desvie uma verba de US$ 6,6 bilhões do orçamento do Pentágono e do Tesouro para construir parte do muro na fronteira com o México, uma promessa de campanha.
A decisão representa um golpe para Trump, que declarou emergência nacional em fevereiro para driblar o Congresso, que não concedeu verbas para o muro. A liminar foi pedida por um grupo de 20 Estados, na maioria, governados por democratas.
Donald Trump planeja erguer um novo trecho de 82 quilômetros de muro na fronteira com o país vizinho, mas tem encontrado resistência da oposição no Congresso, que destinou apenas US$ 1,4 bilhão para sua empreitada, cujo custo estimado é de US$ 8 bilhões. Por causa da queda de braço, o governo chegou a ficar 35 dias paralisado - o que acarretou que serviços e salários de servidores federais fossem temporariamente suspensos.
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EDITORIAL: Trump e o vale-tudo pelo muro
Na tentativa de conseguir os US$ 6,6 bilhões que faltavam, pelas suas contas, Trump declarou emergência nacional. Ele alega que sem o muro é inviável vencer a guerra contra a imigração ilegal e o tráfico de drogas. A jogada política, que o Senado tentou barrar por meio de resolução rapidamente vetada pelo presidente, permite a transferência de recursos destinados a outros setores para a realização da obra.
OPINIÃO: A alergia irracional ao muro
Trump tem "ótimo dia" no Japão
O presidente Donald Trump está em viagem internacional ao Japão, onde afirmou que teve um "ótimo dia" jogando golfe e assistindo a um torneio de sumô com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. Ele afirmou também que os dois líderes tiveram um dia produtivo e discutiram assuntos como comércio e o Exército, entre outros.
Pelo Twitter, Trump disse há "grande progresso" nas discussões comerciais entre os países e que a agricultura e a carne bovina estiveram entre os principais temas das conversas, embora ele já tenha afirmado que não espera alcançar um acordo até depois das eleições do Congresso japonês, em julho. Também em sua rede social, Trump afirmou que "diversos oficiais japoneses disseram que os democratas preferem o fracasso dos EUA ao meu sucesso ou o do partido Republicano".
Abe disse que o jogo de golfe com Trump foi uma oportunidade para que os dois compartilhem suas opiniões, inclusive sobre assuntos que vão além do esporte. O primeiro-ministro japonês afirmou a repórteres depois do jogo: "Nós pudemos expressar nossas visões em uma atmosfera cômoda. Foi maravilhoso".